É fundamental que todas as instituições de saúde implementem ações efetivas como forma de oferecer um atendimento de qualidade e seguro, com foco na prevenção de problemas que possam afetar os pacientes, bem como os profissionais de saúde. Para isso, é necessário adotar o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), que tem como finalidade minimizar e prevenir fatos adversos e que possam causar riscos aos pacientes e melhorar a prestação da assistência realizada.
Pensando nisso, elaboramos este artigo para explicar com mais detalhes do que se trata o PNSP e os seus principais protocolos. Confira!
Quando o Programa Nacional de Segurança do Paciente foi criado e qual a sua finalidade?
O Programa Nacional de Segurança do Paciente foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde por intermédio da Portaria MS nº 529/13 e lançado em 1° de abril de 2013, com o intuito de estabelecer um conjunto de práticas para prevenir e diminuir a incidência de ocorrências nos serviços de saúde, e que poderiam resultar em danos para os pacientes, por exemplo, a administração de uma medicação com a dosagem maior do que a prescrita.
Antes de mostrar os protocolos, é preciso apresentar alguns conceitos essenciais, conceituados pela Classificação Internacional de Segurança do Paciente da OMS, são eles:
- dano: se trata da perda da função do corpo ou de qualquer parte dele;
- risco: é a possibilidade de um incidente acontecer;
- incidente: é a situação que poderia ter como efeito, ou chegou a ele, em dano não necessário ao paciente;
- circunstância notificável: é o fato com potencial de gerar um dano ou lesão;
- near miss: é o acontecimento que não chegou a afetar o paciente;
- incidente sem lesão: é o evento que alcançou o paciente, mas não provocou dano;
- evento adverso: é o acontecimento que causou dano ao paciente..
Quais os principais protocolos do programa?
O programa define um conjunto de seis protocolos, que devem ser elaborados e implementados como forma de garantir a segurança dos pacientes. São eles:
- identificação do paciente;
- higiene das mãos;
- segurança cirúrgica;
- segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
- prevenção de quedas dos pacientes;
- prevenção de úlceras por pressão (UPP).
Protocolo de identificação do paciente
O objetivo desse protocolo é o de assegurar uma identificação precisa do paciente em qualquer setor da instituição de saúde. Essa identificação garante que a ele é aplicada um determinado procedimento ou tratamento e, dessa forma, o protege por intermédio de práticas que impeçam a ocorrência de erros que possam afetar o paciente.
Muitos hospitais, clínicas e consultórios utilizam pulseiras como forma de identificar os pacientes, contribuindo com altos níveis de consciência profissional do time e salientando a importância da tomada de decisão da aplicação da pulseira de forma mais breve possível.
Protocolo de higiene das mãos
A higienização das mãos tem como finalidade promover a limpeza correta em todos os serviços de saúde, para prevenir e controlar infecções que possam ser transmitidas durante a assistência, tendo em vista a garantia ao paciente, aos profissionais da área da saúde e de todos os indivíduos envolvidos nos cuidados do mesmo. A higiene das mão dentro da instituição de saúde ocorre nos seguintes momentos:
- antes de tocar no paciente;
- antes de executar os procedimentos;
- depois do contato com sangue, secreções e demais fluídos do paciente;
- após tocar o paciente;
- depois de ter contato com superfícies próximas ao paciente, como bordas da cama, mesas, entre outros.
Protocolo de segurança cirúrgica
O Programa Nacional de Segurança do Paciente desenvolveu esse protocolo com o objetivo de que ações devem ser adotadas em instituições de saúde para reduzirem a ocorrência de incidentes, reações adversas e mortalidade cirúrgica.
Essa medida permite o aumento da segurança na execução de procedimentos cirúrgicos, no ambiente adequado e no paciente correto, por intermédio da Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica criada pelo Ministério da Saúde, que versa sobre a necessidade de checar alguns passos em certos processos, por exemplo:
- antes da indução anestésica;
- antes da incisão;
- antes do paciente sair da sala de operações.
A lista não tem o fito de ser tão extensa, por este motivo, pode ser alterada de acordo com as necessidades de cada instituição.
Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos
Tem a finalidade de promover medidas seguras na utilização de medicamentos em todas as instituições de saúde, independentemente do nível de complexidade. Diante da necessidade de se prevenir as falhas de medicação e do risco devido a sua ocorrência, a prática de prevenção de erros é vista como um aspecto relevante que colabora para o aumento da segurança do paciente.
A prevenção de falhas no decorrer da prescrição e administração de medicamentos abrange desde anotar as alergias dos pacientes no prontuário até a checagem dos profissionais de saúde na hora da administração da medicação.
Protocolo de prevenção de quedas dos pacientes
A queda representa a mudança não intencional do corpo para um grau inferior à posição inicial que ele se encontrava, sem a possibilidade de reparação em tempo hábil. Quando esse tipo de situação ocorre, algumas lesões podem acontecer no paciente e, consequentemente, o aumento do período de intenção dele.
O objetivo desse protocolo é a de minimizar as ocorrências de quedas, por intermédio da adoção de medidas que considerem o risco individualizado e a garantia de um ambiente seguro para o paciente. Algumas práticas de segurança podem ser implementadas como:
- orientação para a utilização de vestuários e calçados apropriados;
- movimentação segura do paciente;
- pisos antiderrapantes etc.
Protocolo de prevenção de úlceras por pressão
As úlceras de pressão são lesões que surgem na pele ou tecidos subjacentes do corpo, que normalmente se encontram sobre uma saliência óssea e que são resultados da pressão por fricção da pele. As ações de prevenção e identificação precoce de úlceras de pressão, são intervenções que abrangem melhores práticas no paciente, por exemplo:
- o cuidado da pele;
- a redução da sobrecarga nos tecidos e uso de superfícies especiais de suporte;
- a atenção com a nutrição e hidratação;
- educação em saúde e demais.
Agora que você entende melhor sobre o Programa Nacional de Segurança do Paciente e sua importância, é fundamental colocar os protocolos propostos em prática e, dessa forma, melhorar a qualidade da assistência, tornando o ambiente mais seguro, e promovendo a conscientização dos colaboradores sobre a necessidade de desenvolver cuidados com foco na saúde e bem-estar os indivíduos.
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