As discussões a respeito da saúde mental dos trabalhadores têm sido cada vez mais frequentes nos ambientes de trabalho e, após a pandemia e seus impactos, a Síndrome de Burnout em profissionais da saúde é um tema preocupante, tendo em vista se tratar de uma doença que se manifestar por meio do esgotamento mental gerado por vários motivos, entre eles, rotinas estressantes, excesso de atividades a serem exercidas, entre outros.
Devido aos seus sintomas e consequências, ansiedade, crises de pânicos, depressão e demais, que influenciam diretamente na saúde, bem-estar e qualidade de vida dos integrantes das equipes, é essencial entender como essa enfermidade se manifesta, suas causas, bem como evitá-la. Pensando nisso, elaboramos este artigo para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. Confira!
O que é Síndrome de Burnout?
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, se trata de um distúrbio psíquico que tem como característica o estado de estresse e tensão emocional ocasionada por condições de trabalho físicas, psicológicas e emocionais desgastantes.
A Síndrome de Burnout se manifesta, especialmente, em profissões em que os colaboradores passam por dupla jornada de trabalho, atuam sob pressão constante, como profissionais da saúde e segurança, por exemplo, bem como em pessoas com objetivos profissionais difíceis de serem alcançados, desqualificado para exercer as funções delegadas por seus chefes etc.
Nesse caso, o indivíduo se sente tão sobrecarregado e, ao mesmo tempo, incapaz, pois quer fazer o que lhe é proposto, no entanto, não tem meios para isso.
Como a Síndrome de Burnout afeta os profissionais da saúde?
Quando falamos sobre a Síndrome de Burnout, é possível entender que a sua ocorrência em profissionais de saúde se dá por vários motivos. Contudo, esses profissionais foram bastante afetados pela pressão de trabalho e esgotamento desencadeado no decorrer da pandemia provocada pelo coronavírus, em especial, aqueles que atuam na linha de frente.
Além disso, é possível identificar nesse contexto uma jornada de trabalho elevada, medo, estresse, entre outras reações negativas no dia a dia dessas pessoas. Devido a essas causas, médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, por exemplo, são os grandes afetados pela síndrome.
Na verdade, os profissionais da saúde sempre foram considerados grupo de risco para o desenvolvimento de distúrbios mentais, inclusive Síndrome de Burnout. Isso ocorre pelo fato de que, mesmo fora do período de pandemia e isolamento social, se trata de profissionais que prestam cuidados diretos aos pacientes com alguma enfermidade, feridas e emergências em geral, ou seja, liga com a vida de indivíduos necessitados de um determinado atendimento ou tratamento.
Outro ponto que deve ser considerado é a rotina corrida das instituições de saúde, que podem ocasionar na baixa qualidade do sono, aumento da responsabilidade, redução do convívio social, ausência de suporte emocional, cobranças excessivas e demais fatores que podem contribuir para a queda da saúde mental dos profissionais de saúde.
Quais são os principais sintomas da Síndrome de Burnout?
Para identificar a Síndrome de Burnout é muito importante conhecer quais são os seus principais sintomas. De forma geral, a doenças tem como características uma menor identificação com o trabalho realizado, exaustão e sensação de redução da capacidade profissional. Isso quer dizer que o funcionário se sente muito cansado, incapaz e começa a não gostar do seu trabalho.
Além disso, a enfermidade envolve problemas físicos, nervosismo e sofrimentos psicológicos. Entre os principais sintomas da doença estão:
- dor de barriga;
- tonturas;
- cansaço excessivo, físico e mental;
- estresse;
- falta de vontade de levantar da cama ou de sair de casa;
- dor de cabeça frequente;
- insônia;
- negatividade constante;
- alterações no apetite;
- dificuldades de concentração;
- sentimento de incompetência;
- sensação de insegurança e fracasso;
- fadiga;
- alterações repentinas de humor;
- sensação de derrota;
- falta de esperança;
- isolamento;
- hipertensão, entre outros.
Na maioria dos casos, esses sintomas começam a aparecer de uma maneira mais leve e, com o tempo, passam a piorar. Por este motivo, muitas pessoas que sofrem com esses sinais acham que é algo passageiro, mas, não é bem assim.
O que fazer para evitar a exaustão no ambiente de trabalho.
Agora que você já sabe o que é Síndrome de Burnout, seus sintomas e principais motivos para a sua ocorrência, é importante compreender quais práticas podem ser aplicadas no dia a dia para evitá-la.
Ou seja, o melhor tratamento para a síndrome é evitar que ela possa ocorrer um dia, de fato. Por esta razão, a prevenção da doença precisa ser levada muito a sério. Sendo assim, confira alguns bons hábitos que podem ser empregados em sua rotina e impedir que esse problema possa afetar a sua saúde:
- busque incluir atividades físicas no dia a dia, como uma maneira de manter o equilíbrio físico e mental;
- realizar momentos de pausa na rotina de trabalho, e tenha em mente a necessidade de separar um tempo para o lazer e o descanso;
- escute os conselhos de seus familiares e colegas. Isso porque, muitas vezes, as pessoas que sofrem com Síndrome de Burnout não conseguem perceber que estão indo além da conta;
- evita o consumo de drogas, álcool e estimulantes para aliviar os sintomas da doença e para suportar as pressões vindas do trabalho;
- estabeleça objetivos e metas para a vida profissional e vida pessoal;
- avalie as condições de trabalho, procurando identificar como elas afetam a sua saúde física e mental;
- faça atividades de lazer que fujam da rotina, por exemplo, passear com a família, viajar, ir ao cinema, assistir a série preferida e demais;
- procure por ajuda profissional, mesmo se achar que os sintomas não são tão graves. Nesse caso, o médico vai orientar da melhor forma para que o quadro não evolua até a ocorrência da síndrome, onde será necessário mais cuidado e tratamento para recuperação.
Conseguiu entender como ocorre a Síndrome de Burnout em profissionais da saúde? Agora que você entende o conceito da doença, suas causas, sintomas e como evitá-la, além de implementar bons hábitos no seu dia a dia, também é necessário estar atento a qualquer sinal e procurar ajuda médica para evitar maiores consequências físicas e mentais no futuro.
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Estudo enfermagem e recentemente fiz um seminário sobre o tema.
Gostei da abordarem feita sobre o tema e a forma clara de se expressarem.
Parabéns
Obrigada Jucelia pelo seu feedback!
Ficamos Muito contentes! 😊
Acho que estou passando por essa sindrome. Ando totalmente desanimada e sinto angústia ao ter que ir para o trabalho. Dá vontade de chorar .